O MÓBILE



Assista agora ao filme completo em alta definição. Basta clicar no ícone PLAY.


ASSISTA!! O Móbile: Admiração - Agora no VIMEO

O Móbile: Admiração from Lilian Werneck on Vimeo.

Uma história de amor dividida pela arte. A atriz Nina Maya e a artista plástica Bárbara Oliveira vivem uma paixão fulminante influenciada pela admiração que sentem, uma pela outra.

Um filme de Lilian Werneck

Com
Nadja Dulci e Stefane Ribeiro
Giovane Machado e Daniela Durante

(Drama, 25 minutos)

Apoio Cultural:
MGM - Movimento Gay de Minas
QuebraGalho Produções
Video1 Produtora
i10 Design

Patrocínio:
Lei Municipal de Incentivo à Cultura Murilo Mendes
Funalfa
Prefeitura de Juiz de Fora

Contato: werneck.lilian@gmail.com


Roteiro e Direção | Screenwriter and director: Lilian Werneck

Elenco | Cast:
Bárbara Oliveira Stefane Ribeiro
Nina Maya Nadja Dulci
Catarina Daniela Durante
Eduardo Giovane Machado

Produção Executiva | Executive Production: Lilian Werneck - Juliana Rodrigues - Rosa Berg

Assistente de Direção | First Assistant Director: Tais Marcato

Direção de Produção | Director of Production : Nicole Leão

Produção /Platô| Set Production: Maria Clara Lessa

Preparação de Elenco | Casting: Tais Marcato - Marcelo Jardim

Direção de Fotografia | Director of Photography: Mauro Pianta

Cinegrafista | Cinematographer: Rodrigo Soares

Assistente de Câmera | Camera assistant: Pedro Thompson - Rafael Bouças

Iluminação | Set Light: Sérgio Nicolis

Técnico de som / Editor de som | Production sound mixer: Virgílio Tavares - Marcelo Castro - Pedro Crivellari

Editor | Editor: Daniel Dias Almeida

Trilha Sonora | Composer OST: Marlos Vinícius

Produtora Associada | Associate Production: Video01 Produtora

Produtora de Áudio | Sound Production: Estúdios Harmona -

Making Of: Video01 Produtora - Liliane da Rocha

Fotos Still: Nina Mello

Cabelo e Maquiagem | Stylist Hair: Heron Rodrigo - Eduardo Oliveira

Identidade Visual | Art Designer: i10 Design - Leo Moura - Viviane Bouçós

Legendas | Subtitles: Renata Campos Furtado

Nutrição | Nutrition: Liana Guimarães

Quadros e pinturas | Paintings: Petrillo

Móbiles e artes | Mobiles and art: Yure Mendes

www.omobile.blogspot.com

CONTATO:
werneck.lilian@gmail.com | https://www.facebook.com/lilian.werneck

domingo, 8 de outubro de 2006

Tempo de espera,,, tempo de colheita

Olá...
Minha mãe sempre cuidou de plantas como ninguém. Carinho, amor... era o que eu sentia ao vê-la com as flores do quintal, as orquídeas no abacateiro, as suculentas, várias e várias, amontoadas aumentando em progressão geométrica seu tamanho e quantidade. Sempre admirei aquilo tudo mas nunca entendi ao certo como funcionava. A paciência que é preciso ter para se cultivar uma planta. O tempo de espera, principalmente isso, sempre me assustou. Como, pensava, é possível esperar tanto tempo do plantio até a germinação e daí até uma pequena folhinha apontar e depois flores ou frutos nascerem, crescerem e morrerem.... Um mistério.
Mal percebia que aquele era, na verdade, o mistério que cerca todo ser vivo. E, boba... não entendia que a vida não se restringe a seres que respiram. Quando acreditei pela primeira vez no meu projeto, ele ainda era uma semente. Talvez meio ressecada pelo tempo de espera, mas insisti e plantei assim mesmo. Meus sonhos, minhas idéias, a ansiedade que fervilha na minha mente todos os dias. Plantei, reguei com muito carinho e muito apoio. Sol. Luz. Vento. Ar. Terra. Tudo junto pra crescer minhas palavras. Da semente à pequena planta. Graças a Deus, tão admirada e tratada com tanto respeito.
Mas chuvas intensas vieram, tempestades de areia tentaram cobrir a pequena planta. Ela resistiu. Resiste ainda. Um pouco dolorida, mas forte como nunca. Em tempo de espera. Tempo de estio. Isso é o que acontece agora. Aquela pausa que nunca entendi, impaciente que sou. Aquele respiro que é preciso dar. A parada.
Por isso, somente por isso, respeito o tempo. O tempo que movimenta o Móbile. E aviso: o projeto continua crescendo. Apenas um pouco mais devagar, para que depois ganhe toda a força necessária pra explodir em fruto forte, maduro e delicioso.
Peço que tenhamos paciência. Vai ser melhor assim, o resultado vai ser mais bonito, garanto.
E, para mostrar que estamos em tentativas, assistam ao trailer experimental da primeira história de "O Móbile" - Admiração:
O Móbile http://www.youtube.com/watch?v=iE1fYRL3ky0

Agradeço por todo o apoio e, assim que tiver boas respostas, as trarei para você, que acompanha nosso Móbile se movimentar para lá, para cá... sem parar.
Um grande beijo!!
Lilian Werneck

segunda-feira, 4 de setembro de 2006

Lembranças boas de um passado bom...



Fotos do trailer do "Admiração". Em breve, o trailer estará disponível para visualização!!

Um grande beijo e tudo de bom!!

{Fiquei muito feliz... :) }

domingo, 3 de setembro de 2006

Começo esse post com uma triste notícia. Nosso projeto não foi aprovado na seleção final da Lei Murilo Mendes, uma lei de Juiz de Fora que incentiva projetos culturais com patrocínio em dinheiro. É triste porque o nosso maior objetivo ao tentar arrecadar essa verba era ter meios para realizar um trabalho de qualidade, acima de tudo. Não que seja impossível fazer um filme sem dinheiro, mas tudo torna-se mais difícil. É um desabafo. Mas, apesar de não sabermos os motivos pela qual nosso projeto foi recusado, entendo o processo. Vamos deixar pra lá, é melhor.

A dor foi grande, mas nossa luta é maior do que isso. E esse pequeno obstáculo não nos fará desistir. Jamais. Essa palavra não existe em nosso vocabulário, tão cheio de palavras de otimismo e de apoio de nossos amigos.
Agora, o momento é de repensar estratégias. Porque o projeto ganha com isso mais força e qualidade, pode ter certeza. Talvez demore um pouco mais do que o planejado para se realizar, mas esse sonho tem muito mais força do que se imagina.

Esperamos agora outros resultados, continuamos tentando!!
À todos os que acreditam no projeto "O Móbile", OBRIGADA!! Porque a dificuldade só torna tudo mais gostoso, mais desafiador. Mas sem o seu apoio, seria doloroso continuar.

Agradeço principalmente à minha equipe: Taís Marcato, Vinícius Cristóvão e Pablo Sanábio. E aos amigos Philipe Guedes e Giovane Machado. Sem vocês, meus anjos eternos, eu não seria quem sou hoje. "Amo-te infinitamente"!!!! (rsrrsrsrsrs - piada interna...)

"O Móbile" vai se tornar ainda mais especial. Conto com cada um para que isso aconteça!

Enquanto isso, outros projetos. Visitem a página da Gróia Filmes. Muitos filmes sendo produzidos em Juiz de Fora: http://www.groiafilmes.com.br/ (Um abraço, Flávia e Groia!!)

E outros trabalhos. Fizemos para faculdade de Cinema um trailer da primeira história, "ADMIRAÇÃO". Um experimento. Quando ficar pronto, coloco no YouTube para que todos vejam. Por enquanto, a foto que segue acima é uma das still do trabalho. Um grande beijo ao meu grupo: Chris, Demétrius, João Tudo, Santinho e Andrêssa. Aliás, a Andrêssa fez dupla com a ótima Kacau M. nos papéis de Nina e Bárbara. Vcs foram ótimas!! Valeu pelo gostinho de começar a dirigir minhas histórias!!

No mais, um obrigado especial a todos que lerem esse post, e os outros do blog.

(Ah! E obrigada pelo comentário! Adorei... [quero saber quem vc é... :) please...])

Um grande beijo e vamos pra frente...

Li




Fotos da 4ª Parada do Orgulho GLBT de Juiz de Fora - Sábado, dia 26 de agosto de 2006

MARAVILHOSA!!!

terça-feira, 29 de agosto de 2006

O Colorido Céu da Cidade


É muito bom saber que nasci numa cidade como Juiz de Fora. A cada ano o céu, as ruas, as pessoas se tornam mais bonitas durante agosto. O Raibonw Fest toma conta de tudo! Das mentes, das roupas, dos corpos, das palavras. Cor, luz, música, gente. Muita gente!

Esse ano, a nona edição da semana mais feliz da cidade não deixou nada a desejar. Obrigada, MGM!! Obrigada, organizadores do Miss Brasil Gay!! E valeu pela sensação de liberdade que todo mundo sentiu no sábado, dia 26. Não luto, nem nunca lutei por “tolerância”. Acho que não é questão disso, sabe? Porque não acho essa palavra adequada. Tolerar algo pressupõe que esse algo seja errado, contrário, um desvio. E, sinceramente, não há absolutamente nada de errado em ser homossexual. Nada. Muito pelo contrário! Questão de palavras, mas, sim, penso nisso.

No entanto, faço parte daqueles que lutam contra a crime que é a homofobia, pelo fim do preconceito, pela constatação definitiva de que somos seres humanos, caramba!! Independente de quem ou de como se ama! Esse é meu lema!

E amar é tão bom, tão único, tão especial. Algo que não se aprende e que simplesmente se sente. Que acontece nas horas mais inapropriadas. E que bom... rsrsrsr Que traz cada dia uma nova forma, um novo desenho, um traço diferente riscando a nossa alma de cores diversas. Que nos surpreende, acima de tudo. Sim, sou a favor do livre amar. Não da falta de responsabilidade, não confunda, por favor. E por esse livre amar entendo acima de tudo, primeiramente, amar a si mesmo. Como nunca imaginou amar alguém! Sabe aquele respeito próprio, aquela parada repentina pra ouvir o que estamos sentindo. Ouvir de verdade, deixar rodar na cabeça tonta, revirar seu sangue, mudar tudo de repente, querer, querer, querer... E além de desejar, fazer.

Por isso tudo, essa semana inesquecível, especial. Principalmente pela realização de todos os desejos mais profundos de cada um. Se não nos permitirmos isso, não vale a pena. Não mesmo.

Só um detalhe: o amanhecer do Cristo, depois da melhor das festas, a X-Demente! Inexplicável, único, maravilhoso. Como, em toda minha vida, nunca pensei em ver o sol nascer no lugar mais lindo da cidade? E, o que é melhor, na melhor companhia. ;) Obrigada por isso...

Pra terminar, e pra começar, na verdade, o filme. Rsrsrsrsrs. Estamos aguardando ansiosamente o resultado da Lei Murilo Mendes, mas não estamos parados. Pré-produção a toda! Contatos importantes, conversas fundamentais. A participação da seleção da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de MG e o teste de elenco que vai se realizar no começo de setembro. (Aliás, para aqueles que enviaram e-mail se inscrevendo, vamos entrar em contato agora para marcar com os pré-selecionados, ok? Agradecemos a paciência!!)

Então, é muito bom viver numa cidade assim, poder realizar meu sonho num local assim. E saber que pelo menos as 70 mil pessoas que estiveram na 4ª Parada do Orgulho GLBT já vão estar pensando um pouco diferente quando "O MÓBILE" for lançado.

Um grande beijo!!

Lilian Werneck

domingo, 16 de julho de 2006

Afinal, o que é "O Móbile"?


Cinco histórias de amor entre mulheres que se entrelaçam a partir de cinco palavras: ADMIRAÇÃO, DIÁLOGO, CONFIANÇA, APOIO E PERDÃO.

Esse é “O MÓBILE”, um retrato fiel e contemporâneo da homossexualidade feminina. Cinco histórias, com aproximadamente 15 minutos cada, compõem o roteiro escrito pela estudante de jornalismo e cinema Lilian Werneck, que também assina a direção do filme.

“O MÓBILE” é uma produção ousada e inédita em Juiz de Fora. Inscrito na Lei Municipal de Incentivo à Cultura Murilo Mendes, o projeto será totalmente produzido na cidade com profissionais locais. “O MÓBILE” conta com um elenco de mais de 20 atores e diversos figurantes que vão atuar em mais de 15 locações diferentes. A equipe de criação, de desenvolvimento e de técnica é composta por mais de 30 profissionais do audiovisual, todos atuantes no mercado da cidade. Nomes como Tais Marcato, Pablo Sanábio, Vinícius Cristóvão, Flávia Lima, Mauro Pianta, Alessandro Corrêa, Nicole Leão, Felipe Hutter, dentre outros talentos culturais de Juiz de Fora, se destacam na equipe. À espera do resultado da Lei Murilo Mendes, “O MÓBILE” conta ainda com a produção de Groia Filmes Cinematográfica, produção associada de Ordinárias Produções Artísticas Ltda, com sede no Rio de Janeiro, e Apoio Cultural do MGM – Movimento Gay de Minas.

Com um público alvo diversificado, a ação cultural procura atingir jovens, adultos e integrantes da terceira idade, sejam gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros ou heterossexuais. Um dos seus objetivos é ser um instrumento de apoio à luta contra o preconceito e pelo respeito à adversidade sexual. Principalmente por mostrar o tema com sensibilidade e realidade. Os conflitos das histórias de “O MÓBILE” não giram somente em ser ou não homossexual. Acima de tudo, “O MÓBILE” mostra que cada ser humano pode sofrer e ser feliz em seu relacionamento, independente de quem ou como ama. Pois o amor é um móbile.

ADMIRAÇÃO
Bárbara é uma pintora que faz quadros inspirados nas interpretações da atriz Nina Maya. Nina é uma atriz que constrói seus personagens a partir das pinturas de Bárbara Oliveira. Da admiração, nasce a paixão. O talento e a inspiração das duas é posto à prova em nome do amor que vivem.

DIÁLOGO
Duas mulheres se conhecem num chat da internet. Estela é uma bela arquiteta homossexual. Ísis vive um casamento fracassado e tem mais de 40 anos. Como fazer quando a sedução e a paixão virtual se tornam reais?

CONFIANÇA
Um lado delicado da relação amorosa: será possível viver um amor onde a comunicação é um problema? Clara é surda, Olívia é cega. E elas se apaixonam. Enfrentar as diferenças, amar apesar de tudo e tentar viver esse romance através dos outros sentidos. Isso é confiança.

APOIO
O amor e a morte. O que fazer quando uma senhora perde sua companheira após 51 anos de convivência e amor? Como deixar tudo pronto para a partida da pessoa amada. E como não desejar partir junto com ela? Sofia e Anita vivem essa linda história de amor e dor.

PERDÃO
Malu Cordeiro é uma cantora de sucesso que namora a fotógrafa Renata há cinco anos. No desgaste da relação, elas se separam. No entanto, a gravidez de uma delas traz à tona o verdadeiro valor de família, de amor, de respeito e de perdão.

O MÓBILE

admiração – diálogo – confiança – apoio – perdão

Roteiro / Direção: Lilian Werneck

Diretor de Produção: Vinícius Cristóvão

Assistente de Direção: Tais Marcato

Produtor Associado: Pablo Sanábio

Produção: Groia Filmes e Ordinárias Produções

Apoio Cultural: MGM


Contatos: 32.3061.4348 / 32.9113.0638

e-mail: elencomobile@gmail.com

blog: http://www.omobile.blogspot.com/

Comunidade do Orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=16826668

segunda-feira, 19 de junho de 2006

Eu Sou Aquela que é Alcançada no Fim do Desejo




Oi...

Depois de longo período, volto a escrever. Peço desculpas pela demora. A vida continua na sua turbulência, no olho do furacão encontro a paz. Hoje é um dia especial. Aliás, a semana que se passou foi especial. E nesta segunda, continuamos. O projeto está retomando sua força, após período de ressaca. O acadêmico começa a tomar forma, a produção audiovisual começa a agregar seus membros. Época de mudança. Aos poucos, nova formatação, aprofundar as histórias, conhecer a fundo as personagens, deixar que gritem, berrem, esperneiem, chorem e dêem gargalhadas dentro de mim. Fora de mim, elas já têm vida própria. Foge de meu desejo. Enfim. Algo maravilhoso é permitir que dez mulheres recebam o sopro da vida assim. Assumam o controle de suas personalidades, ajam por si mesmas, achem seus caminhos.

Olívia, Anita, Estela, Renata, Clara, Nina, Sofia, Ísis, Malu e Bárbara.
Todas são únicas. Todas sou eu.
Para deixar em reflexão.

Um trecho de uma oração para a Deusa. Um dia explico melhor. Só entendam o que ela quer dizer.

"QUE HAJA BELEZA E FORÇA, PODER E COMPAIXÃO, HONRA E HUMILDADE, JÚBILO E REVERÊNCIA DENTRO DE VOCÊ.
E VOCÊ, QUE BUSCA CONHECER-ME, SAIBA QUE A SUA PROCURA E ÂNSIA SERÃO EM VÃO, A MENOS QUE VOCÊ CONHEÇA O MISTÉRIO: POIS, SE AQUILO QUE BUSCA NÃO SE ENCONTRAR DENTRO DE VOCÊ, NUNCA O ACHARÁ FORA DE SI.
SAIBA, POIS, EU ESTOU COM VOCÊ DESDE O INÍCIO DOS TEMPOS, E EU SOU AQUELA QUE É ALCANÇADA AO FIM DO DESEJO."

Starhawk, a dança cósmica das feiticeiras.

Beijos.....
Li

sábado, 27 de maio de 2006

Hoje tem show do meu amado Paulinho Moska. Algo inexplicável as letras desse maravilhoso cantor e compositor.

Suas músicas têm muito a ver com "O Móbile". Aliás, são referências inconscientes, já que há anos perdi meu disco "O Móbile" (1999). Ainda guardo em minha alma cada uma das canções deste meu preferido disco.
Suas sensações são as mesmas que as minhas. Me encontro em suas músicas. Me reconheço nos seus furacões.
Admiro cada palavra que ele escolhe à alma.
Bom, depois do show, mais impressões. Por enquanto, fiquem com "Um Móbile no Furacão", do Moska.

Um móbile no Furacão (Auto-retrato nu)

(Paulinho Moska) Sony Music

Você diz que não me reconhece
Que não sou o mesmo de ontem
E que tudo o que eu faço e falo
Não te satisfaz
Mas não percebe
Que quando eu mudo é porque
Estou vivendo cada segundo
E você como se fosse uma eternidade a mais
Sou um móbile solto no furacão...

Qualquer calmaria me dá solidão
Na última vez que troquei meu nome

Por um outro nome que não lembro mais
Tinha certeza: ninguém poderia me encontrar.
Mas, que ironia...Minha própria vida
Me trouxe de volta ao ponto de partida
Como se eu nunca tivesse saído de lá
Sou um móbile solto no furacão...

Qualquer calmaria me dá solidão
Quando a âncora do meu navio

Encosta no fundo, no chão
Imediatamente se acende o pavio
E detona-se minha explosão
Que me ativa, me lança pra longe
Pra outros lugares, pra novos presentes
Ninguém me sente...
Somente eu posso saber o que me faz feliz.
Sou um móbile solto no furacão...

Qualquer calmaria me dá solidão

quinta-feira, 18 de maio de 2006

Apenas um detalhe...




A vida... como não imaginar algo tão suave, tão leve, tão delicado, tão.... arte.

Só pra exemplificar como "O Móbile" está se movendo... sempre. Constante movimento! Ainda bem, agregando pessoas importantes, especiais, amadas.


Meu agradecimento a todas e todas que acreditam nesse meu sonho. Hj entrego o projeto para a Lei Murilo Mendes. Por favor, torçam por nós!!! Pela realização dessa arquitetura do amor... rsrsrsrsrs

Grande abraço!!
Muita Paz!!
MÓBILE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Lilian

quinta-feira, 11 de maio de 2006

Um resumo breve


A série de curtas “O Móbile” tem como objetivo principal apresentar em produto audiovisual uma visão sobre a homossexualidade feminina realista e delicada. As histórias trazem personagens diferentes em diversas idades e com situações várias que envolvem o romance entre mulheres.
As histórias, como fazem parte de um móbile, não têm ordem definida. Mas por questões de esclarecimento, pode-se ordená-las da seguinte forma: ADMIRAÇÃO, DIÁLOGO, CONFIANÇA, APOIO e PERDÃO. Estas palavras, além de serem os títulos dos curtas metragens de “O Móbile”, são a essência de cada conflito.

ADMIRAÇÃO traz uma pintora e uma atriz que se admiram sem nunca terem se conhecido. Quando se conhecem, a admiração se torna paixão. Mas a inspiração artística das duas acaba. Em sofrimento, elas decidem se separar para que não parem de produzir suas obras.

DIÁLOGO é um exemplo do que muito acontece na atualidade. Uma mulher casada conhece uma lésbica em uma sala de bate-papo da internet. Elas se apaixonam através das conversas pelo computador e decidem assumir o romance.

CONFIANÇA mostra um lado delicado da relação amorosa: a de que é possível viver um amor onde o grande empecilho é falta de comunicação. Duas jovens, uma cega e outra surda, se apaixonam. Elas aprendem, com isso, a demonstrar seu amor através de outros sentidos.

APOIO levanta uma triste questão: a morte. O que fazer quando uma mulher perde sua companheira após 51 anos de convivência e amor? Como deixar tudo pronto para a partida da pessoa amada. E como não desejar partir junto com ela?

PERDÃO apresenta uma cantora de sucesso e uma fotógrafa que terminam um relacionamento de cinco anos. No entanto, a gravidez de uma delas traz à tona o verdadeiro valor de família, de amor, de respeito e de perdão.
Aguarde mais detalhes sobre o projeto!!
"Sou um móbile solto no furacão. Qualquer calmaria me traz solidão..."



Quem sou eu




"O Móbile" nasceu de um sonho, de uma catarse. Anos de estudo acumulados que vão culminar na produção de cinco curtas metragem autorais. Histórias que, além de entretenimento, trazem a reflexão constante. Histórias onde o que mais importa é o conflito gerado pelo amor. O que é o amor? O amor é um móbile. Em movimento constante, diferentes formatos, estranhos momentos, claros e obscuros desejos, no olho do furacão, aquele que sobrevive apesar da turbulência. O que sempre está presente, mesmo que no alto, isolado, sozinho. Esse é o amor, um desconhecido.

Com um tema tão marcante e tão maravilhosamente desafiador, tento trazer com sensibilidade a minha visão da homossexualidade feminina. Espero só uma coisa: "COMUNICAR: TORNAR COMUM". Acredito que não precisa ser estranho, diferente, louco, doido, marginal, invisível o amor entre mulheres. Acredito que ele pode ser como qualquer amor, natural.

Essa é a base de tudo.


A partir daí, o projeto, o filme, o tudo que isso representa para mim só aumenta, a cada dia, a cada apoio, a cada palavra. Sempre em movimento, sempre ao sabor do vento.

Assim é "O Móbile". Assim sou eu.

Entre comigo nesta dança. Garanto que não vai se arrepender!!

Lilian Werneck

O Móbile






...do AMOR...
“Não falo do AMOR romântico, aquelas paixões meladas de tristeza e sofrimento. Relações de dependência e submissão, paixões tristes. Algumas pessoas confundem isso com AMOR. Chamam de AMOR esse querer escravo, e pensam que o AMOR é alguma coisa que pode ser definida, explicada, entendida, julgada. Pensam que o AMOR já estava pronto, formatado, inteiro, antes de ser experimentado. Mas é exatamente o oposto, para mim, que o amor manifesta. A virtude do AMOR é sua capacidade potencial de ser construído, inventado e modificado. O AMOR está em movimento eterno, em velocidade infinita. O AMOR é um móbile. Como fotografá-lo? Como percebê-lo? Como se deixar sê-lo? E como impedir que a imagem sedentária e cansada do AMOR nos domine?

Minha resposta? O AMOR é o desconhecido.

Mesmo depois de uma vida inteira de amores, o AMOR será sempre o desconhecido, a força luminosa que ao mesmo tempo cega e nos dá uma nova visão. A imagem que eu tenho do AMOR é a de um ser em mutação. O AMOR quer ser interferido, quer ser violado, quer ser transformado a cada instante.

A vida do AMOR depende dessa interferência. A morte do AMOR é quando, diante do seu labirinto, decidimos caminhar pela estrada reta. Ele nos oferece seus oceanos de mares revoltos e profundos, e nós preferimos o leito de um rio, com início, meio e fim. Não, não podemos subestimar o AMOR não podemos castrá-lo.

O AMOR não é orgânico. Não é meu coração que sente o AMOR. É a minha alma que o saboreia. Não é no meu sangue que ele ferve. O AMOR faz sua fogueira dionisíaca no meu espírito. Sua força se mistura com a minha e nossas pequenas fagulhas ecoam pelo céu como se fossem novas estrelas recém-nascidas. O AMOR brilha. Como uma aurora colorida e misteriosa, como um crepúsculo inundado de beleza e despedida, o AMOR grita seu silêncio e nos dá sua música. Nós dançamos sua felicidade em delírio porque somos o alimento preferido do AMOR, se estivermos também a devorá-lo.

O AMOR, eu não conheço. E é exatamente por isso que o desejo e me jogo do seu abismo, me aventurando ao seu encontro. A vida só existe quando o AMOR a navega. Morrer de AMOR é a substância de que a Vida é feita. Ou melhor, só se Vive no AMOR. E a língua do AMOR é a língua que eu falo e escuto.”

Paulinho MOSKA